sexta-feira, 31 de julho de 2009

É hora de "preguiçar"

Hoje é sexta-feira, já passa das 19 horas, está oficialmente aberta a época da preguiça...

.... mas só até segunda-feira, não se estiquem!! Vamos aproveitar o sol, meter os pézinhos na areia, dar umas belas braçadas e comer gelados que o tempo bom veio para ficar.

Onde quer que estejas... Obrigado!


Eu sei que um dia todos vamos morrer, mas há aquelas pessoas que me custa acreditar que algum dia irão deixar este mundo. Tenho particular dificuldade em acreditar quando se trata de pessoas que eu gosto e admiro, sejam elas famosas ou não. Estou a falar nisto porque hoje morreu um dos símbolos do futebol: Bobby Robson.

Sempre nutri uma simpatia pelo senhor, mesmo que nunca tenha treinado o meu Benfica. Bobby Robson era mais que um treinador de futebol, era um homem dedicado à sua profissão e gostava dela como ninguém. Conhecido por não abdicar, em nenhuma circunstância, do jogo de ataque das suas equipas, não se importava que a sua equipa sofresse 5 golos se marcasse 6… tudo em prole do futebol espectáculo. E não nos podemos esquecer que foi o grande mentor de José Mourinho…

É dos poucos treinadores que gosta de futebol pelo desporto que é, não pelo dinheiro que o fazia ganhar. Bobby Robson era sinónimo de classe e educação, um verdadeiro gentleman. Não é por acaso que era detentor do título de Sir. Hoje o mundo do futebol ficou mais pobre…


Rest In Peace Bobby!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Aprender com os burros


Burros, um excelente livro escrito de duas austríacas Adelheid Dahimène (texto) e Heide Stollinger (ilustração). Aconselho a leitura àqueles que pensam que sabem tudo e que perderam o amor/respeito pelas coisas.
Ainda é possível vencer as diferenças…


Sinopse

Burros conta a história enternecedora de um casal de burros que celebra o aniversário das suas bodas de prata. Porém, uma pequena discussão e muita casmurrice fazem com que cada um siga o seu caminho em busca de novo parceiro. Depois de vários encontros e desencontros, acabam por perceber que não é assim tão fácil substituírem-se um ao outro…Uma história de amor, teimosia e reconciliação contada com humor e forte expressividade gráfica.”

Nota: Dedico esta obra ao meu amigo Sócrates. Pode ser que a história comova o seu coraçãozinho e desate a fazer bondades e a espalhar o amor pelo povo.

Frase do dia

"Gays que não se assumam devem ser processados" - afirmação de Gabriel Olim, presidente do Instituto Português do Sangue.

"O PIPOL E A ESCOLA"

"REDAXÃO

'O PIPOL E A ESCOLA'


Eu axo q os alunos n devem d xumbar qd n vam á escola. Pq o aluno tb tem Direitos e se n vai á escola latrá os seus motivos pq isto tb é perciso ver q á razões qd um aluno não vai á escola. Primeiros a peçoa n se sente motivada pq axa q a escola e a iducação estam uma beca sobre alurizadas.

Valáver, o q é q intereça a um bacano se o quelima de tráso smontes é munto Montanhoso? Ou se a ecuação é exdruxula ou alcalina? Ou cuantas estrofes tem um cuadrado? Ou se um angulo é paleolitico ou espongiforme? Hã?

E ópois os setores ainda xutam preguntas parvas tipo cuantos cantos tem 'os Lesiades''s, q é u m livro xato e q n foi escrevido c/ palavras normais mas q no aspequeto é como outro qq e só pode ter 4 cantos comós outros, daaaah.

Ás veses o pipol ainda tenta tar cos abanos em on, mas os bitaites dos profes até dam gomitos e a Malta re-sentesse, outro dia um arrotou q os jovens n tem abitos de leitura e q a Malta n sabemos ler nem escrever e a sorte do gimbras foi q ele h-xoce bué da rapido e só o 'garra de lin-chao' é q conceguiu assertar lhe com um sapato. Atão agora aviamos de ler tudo qt é livro desde o Camóes até á idade média e por aí fora, qués ver???

O pipol tem é q aprender cenas q intressam como na minha escola q á um curço de otelaria e a Malta aprendemos a faser lã pereias e ovos mois e piças de xicolate q são assim tipo as pecialidades da rejião e ópois pudemos ganhar um gravetame do camandro. Ah poizé. Tarei a inzajerar?"

Este texto é verídico e foi retirado de uma prova livre de Língua Portuguesa, realizada por um aluno do 9º ano, numa Escola Secundária das Caldas da Rainha... E a Ministra da Educação diz que os resultados das provas nacionais este ano até foram bons... e vêm também os professores reclamar mais direitos, quando se vê que o resultado daquilo que fazem não é grande coisa... Eu gostava de fazer um comentário mais racional a isto, mas não consigo!! O meu cérebro ficou todo baralhado a meio do segundo parágrafo...

Procura-se o Herman José

Ando há algum tempo a remoer esta ideia, mas não consigo encontrar uma explicação plausível... O que raio aconteceu ao Herman José, o melhor humorista português de sempre?

Aquele homem que apresenta um programa aos Domingos na TVI não é ele, é alguém muito parecido e que tenta a todo o custo chegar aos calcanhares do humorista que todos conhecemos, mas por mais que se esforce não consegue...

A transformação repentina na carreira do Herman não se percebe. Até o aspecto físico mudou radicalmente. Onde anda o homem de aspecto normal que fazia humor do bom, que prendia os portugueses à frente da televisão com programas como Parabéns, Herman Enciclopédia e o Herman 98?

Aquele que agora é hoje identificado com Herman José é um homem com um cabelo amarelo à Pestinha, que veste calças e camisas com lantejoulas e cores berrantes e tem piadas que não lembram ao menino Jesus. Nem os aspirantes a humoristas têm tiradas tão deprimentes como o senhor que está a imitar o Herman...

Já para não falar dos programas que este tem protagonizado... a sua passagem pela SIC não foi famosa, os seus programas passaram facilmente a dispensáveis e agora na TVI vemos uma imitação rasca do Chuva de Estrelas...

A culpa disto tudo foi do processo Casa Pia. Implicaram o homem naquela embrulhada e ele perdeu a cabeça. O caso do Herman é como o dos jogadores de futebol veteranos... quando vêem que já não aguentam com uma gata pelo rabo mais vale virarem treinadores. O Herman devia ter feito o mesmo quando percebeu que o seu humor já não estava a pegar. Poderia ter feito uma longa pausa e, quem sabe, um dia voltar em grande. Enquanto não o fazia o pessoal recordava-o como o maior humorista de todos os tempos... Assim não dá hipótese!

Mas eu continuo a achar que o verdadeiro Herman anda perdido por aí, escondido numa floresta escura e com saída difícil... ele não se poder ter transformado naquilo que nós vemos hoje! Por isso, deixo aqui o repto... Quem encontrar o Herman José (aquele que está no vídeo acima), por favor diga-me alguma coisa... Muito obrigado!

Não acredito

“Maria José Morgado investiga contas de Pinto da Costa na Suíça”, este é o título de uma notícia que vem na imprensa de hoje. Penso que é uma boa notícia apesar de acreditar que não vai dar em nada, o homem é intocável.

Louvo o esforço da procuradora Maria José Morgado (a nossa Baltasar Garzón) e da sua equipa mas a verdade é que Pinto da Costa sabe fazer as coisas. Ninguém duvida que o presidente azul e branco tenha uma conta bancária nesse paraíso fiscal que é a Suíça, pois não? Agora encontrá-la é que é uma coisa bem diferente…

Faz-me lembrar, inevitavelmente, o processo “Apito Dourado”. Pensei: é desta que a justiça o apanha. O tempo passou, as provas desapareceram, as testemunhas calaram-se e apanharam uns quantos. O que interessava não.

O senhor tem tudo estudado até ao mais ínfimo pormenor, até o casamento e a lua de mel. E quem sofre é o futebol português, nomeadamente o Benfica. Que injustiça!

A mim não me enganam mais. Ilusões não são para mim.

Nota: Acabei de saber que Fátima Felgueiras foi absolvida de todos os crimes no processo do futebol. É para verem que a justiça desportiva não falha.

Queres namorar comigo?

Li hoje que a rede social Hi5 é o site mais visitado pelos portugueses. Perto de 3 milhões de visitas, é muito. Logo a seguir vem o motor de busca Google e em terceiro lugar não sei.

Penso que o Hi5 deveria agradecer aos adolescentes portugueses que ainda perdem tempo em ir lá. Engates, ver fotos de raparigas, mandar mensagens picantes, todo um mundo de promiscuidade à disposição de putos ou meninas com as hormonas aos saltos. Sem dúvida, o Hi5 é fixe ou porreiro como diz o outro.

Agora até tem uma inovação espectacular: o pedido de namoro. Não há nada mais descarado que isto. Para quê enveredar por uma ferramenta que promova o conhecimento e a troca de ideias? Não…vamos é ser todos badalhocos que é mais giro e gratificante.

Até os gestores do Hi5 já perceberam que a rede social está entregue aos mais novos, vai daí e “espetam” a opção namoro. Fica evidente que tudo o que era malta mais adulta saiu do Hi5 e migrou para outras redes, nomeadamente o Facebook. Que também é um pouco badalhoco segundo Miguel Sousa Tavares.

Penso que este estudo esteja desactualizado. É essa a minha convicção pessoal. Definitivamente já não gosto do Hi5, desculpem qualquer coisa mas entretanto cresci…

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Onde andas Joana?


Joana Amaral Dias foi convidada por alguém do Partido Socialista. Supostamente. A ex-dirigente do BE volta por momentos à ribalta política sem ter feito nada de especial. Nem ficou bem explícito para que cargo seria mas parece que isso é o que menos interessa nesta novela.

Sinceramente gostava de saber se o convite é verdadeiro ou apenas para entreter o povo. “Uma rara e forte personalidade política”, como a definiram alguns. E bonita, que é bastante importante…

A questão nesta altura é mesmo saber onde pára Joana Amaral Dias. Onde andas Joana?

Segundo informações recolhidas por ai, a deputada bloquista encontra-se incontactável. O silêncio neste momento é de ouro, vamos ver se não vira lata.

Frase do dia

"Quando se torna verdadeiramente complicado, é o PSD que resolve", Berta Cabral, líder PSD/Açores

Quem pode, pode…

Eu devia ser uma estrela… e todas as exigências que as bandas fazem às produtoras que organizam os seus concertos iriam parecer coisa de meninos! Estes senhores que podem pedir tudo do bom e do melhor, gastam os seus créditos em exigências absurdas.

Quem é que se lembra de pedir um quarto num hotel onde ninguém tenha fumado? Eu não me lembraria de tal coisa, mas a Britney Spears pôs esse pedido na sua lista. Como é que ela sabe que o quarto nunca foi inundado por fumo? Anda com um aparelho especial para saber isso? Será que ela não sabe que basta arejar o quarto e umas velinhas aromatizadas para tudo parecer como novo?

Mas agora mais a sério… eu acho ridículas algumas das exigências feitas pelos famosos. Tudo bem que há quem dê o que tem e não tem para os ter num evento. Toda a gente sabe que a presença de algumas dessas personagens significa sucesso. Mas isso não faz com que estas tenham estes caprichos de deuses.

Vai começar o Festival Paredes de Coura e a lista de exigência das bandas que por lá vão passar tem pedidos parvos (desculpem a linguagem, mas não tenho outra palavra para a situação). Por exemplo, os Nine Inch Nails nunca viajam sem garantir que têm a sua manteiga de amendoim à espera no camarim. Isto já para não falar das 600 garrafas de água de meio litro para a banda e a equipa que os acompanha. E claro não podia faltar um “pequeno-almoço de campeões”. Mas não são os únicos… há alguns anos, aquando da sua deslocação a Portugal, os Foo Fighters pediram 700 toalhas (eles são apenas 4 músicos), Peter Gabriel pediu uma espécie de flores que só existe na Holanda e que têm poucas horas de vida depois de colhidas, os Linkin Park já pediram frutas pesadas às miligramas exactas. A mim soa-me a exagero…

Acho muito mais interessantes aquelas bandas que pedem cerveja portuguesa, compilações de música de artistas portugueses, postais para escreverem às famílias… ou até mesmo aquelas que pedem mesas de ping pong, televisões ou tábuas de passar-a-ferro (como os Morcheeba)… sempre dá para rir um bocadinho e saber que eles são pessoas que têm desejos tão comuns como todos nós!

Eu, por exemplo, se fosse famosa não me armava em excêntrica… pedia coisas como… Ah, espera aí, ainda não sou famosa…! Quando chegar a esse patamar eu divulgo as minhas exigências…

P.S - Para quem não sabe a história das exigências malucas, como pedidos de M&M’s amarelos, veio dos Van Halen! Os meninos estavam cansados que organizadores dos seus concertos não cumprissem pequenos pedidos, então decidiram fazer exigências estranhas que tivessem impacto, do género “política de choque”. Com este tipo de pedidos, a organização era obrigada a ter mais atenção às exigências da banda. O que é certo é que a moda pegou e outras bandas começaram a fazê-lo puramente por divertimento ou mania das grandezas.

Hum???



Mas que raio é isto?

Conversa da treta?


E pronto. O momento televisivo que opunha Santana Lopes (este indivíduo deveria ser um case study) a António Costa faz parte do passado.

Confesso que não vi o debate todo, aliás visionei cerca de 10 minutos e confirmei as minhas ideias. Tempo útil de debate? Não faço ideia mas fiquei com a sensação que foi fraquinho. Estavam mais interessados em esgrimir ofensas pessoais que em esclarecer os cidadãos de Lisboa e apresentar alternativas credíveis. Imperou o passado de incidências entre os dois e preparou-se o terreno para a abstenção. Perdem eles e perdemos nós.

Entediante é como eu classifico este debate. Só abri a pestana quando Pedro Santana Lopes sai-se com uma “punch line” fortíssima, a fazer lembrar os velhos tempos. Qualquer coisa deste género: “aquele que planta girassóis e quer apanhar berbigões no Tejo”. Fiquei a pensar naquilo por breves momentos e depois mudei de canal. Chega! Depois disto não há volta a dar. Sem dúvida o momento alto da noite, melhor é impossível, não vale a pena continuar a ver mais. Um toque poético para rematar uma questão fica sempre bem. Sem dúvida que com Santana as anedotas escrevem-se sozinhas…

Um é comediante, o outro é um pretexto.

Concluo que estes dois senhores já conheceram melhores dias. Engordaram, envelheceram e agora estão cansados. O tempo é cruel para todos.

Olha… Venha o Diabo e escolha.

PS: Tenho que admitir que durante os 10 minutos que assisti ao debate estive mais atento à mediadora, a pivot Clara de Sousa. Distraí-me e peço desculpa mas os outros dois só diziam banalidades e a minha atenção centrou-se ali. Há coisas que simplesmente não se explicam.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Frase do dia

"O homem nem toma banho...", uma das afirmações da interessante conversa entre Jorge Baptista e um comentador da SIC, referindo-se a João Malheiro.

Obrigada pela ideia… mas não!!

Um estudo da Universidade de Salamanca diz que 40% dos portugueses apoiam a ideia da junção de Portugal e Espanha para formar um só país! Parece-me um número expressivo e denota que há um problema de identidade… ou será que estamos fartos de pertencer a este país que, por vezes, se assemelha a uma República das Bananas?

Isto parece muito bonito. Realmente Espanha é um país maior, mais desenvolvido, com um nível de vida acima do nosso, o salário mínimo é o dobro do português… tem tudo para ser um bom negócio para Portugal, não é? ERRADO!!!

Eu gosto de viver nesta República das Bananas. Há coisas que me deixam irritada, como algumas políticas deste governo, do desnorte da oposição que também não nos dá esperança, de estarmos quase sempre em último lugar dos rankings (menos quando o assunto não é abonatório), de termos uma população pobre e analfabeta, e por aí fora… mas somos o país do desenrasca e somos felizes!

Nós portugueses não sabemos viver sem situações de aperto, somos nostálgicos e melancólicos, não nos assemelhamos em nada aos espanhóis. E essa é a primeira razão para eu achar que esta junção não seria uma boa ideia. Portugal e Espanha são dois países com culturas e identidades completamente distintas. De parecido só mesmo o modo de actuar dos machos latinos… Tudo o resto é diferente demais para uma boa convivência dentro de um só país.

Também não estou a ver que mudanças positivas um país ibérico pode trazer para nós. Espanha já é o nosso maior fornecedor, as nossas lojas estão tão cheias de produtos espanhóis como as ruas cheias de lojas dos chineses. Os produtos portugueses iriam continuar ao abandono como já estão há muito…

Somos pobres? Pois somos, mas os espanhóis também tem uma grande percentagem de pobreza, têm tantos problemas sociais como nós e a taxa de desemprego é bem mais alto do que a portuguesa. Isto sem falar que eles têm a ETA, nós só temos a máfia do futebol e a corrupção nos bancos e esses não fazem ataques bombistas.

Para não falar da tristeza que ia ser ver o Benfica lutar para não descer. O português não sabe viver sem a alegria que o Glorioso lhes vai dando…

No fundo, Portugal iria ser mais uma comunidade autónoma espanhola. Mais uma menos uma, a diferença não é muita. A mim ninguém me tira o velho ditado: “De Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos”.

É hoje

Estou empolgado, ontem nem dormi bem à espera deste dia tão marcante. Falo claro do grande debate de hoje à noite que opõe António Costa, do PS, a Santana Lopes, do PPD – PSD (ele prefere assim). Vai ser às 21 horas, horário nobre.

Vão ser só os dois, um mano a mano, sem os outros para chatear. Os candidatos à câmara de Lisboa vão digladiar-se durante 45 minutos que prometem ser muito intensos. Vão chover insultos, calúnias, suspeições, interrupções a toda a hora, sarcasmos e ironias vão imperar…resumindo, iremos assistir a como se faz política da “boa” em Portugal.

Sabemos que o actual presidente da câmara parte na frente (segundo as sondagens) mas Santana Lopes é um “animal político” e está esfomeado, já António Costa anda de barriga cheia o que é sempre perigoso. Isto promete!

As acusações já começaram e prometem não dar tréguas até ao dia das eleições autárquicas, mais ou menos dois meses. Vai haver brindes para o povinho, vozes em megafones a apelar ao voto, cartazes giros e criativos, inaugurações porreiras e o popular beijinho (mesmo com gripe A) para mostrar proximidade.

Quanto ao debate em si, vamos ver mas penso que as minhas expectativas não serão defraudadas. Vou ver este debate televisivo com um nível de expectativa tão baixo que tudo o que vier penso que será “lucro”, não vou aprender nada nem esclarecer as minhas eventuais dúvidas. Vou apenas tentar discernir qual deles é o menos mau, esse terá certamente o meu voto…

E sempre entretêm o que nos dias de hoje conta muito para quem só tem quatro canais e não aprecia novelas.

Nós por cá

Ri-me com uma notícia que li recentemente sobre o facto de no Japão os robôs (não sei se é assim que se escreve) poderem estar condenados ao desemprego num futuro próximo. Sou só eu que acho piada a isto?

No país do sol nascente (dos mais populosos do mundo) parece que os que não são humanos são os únicos que estão a passar um mau bocado. Mas esses não têm sentimentos, nem contas para pagar ou bocas para alimentar, não protestam…

Nós por cá não temos robôs no desemprego, ou melhor, não temos robôs. Somos muito diferentes dos nosso amigos nipónicos, a nós a crise económica mundial dói, a eles aborrece-os. São discrepâncias naturais que ilustram a diferença das realidades, nós sofremos para sobreviver à crise, eles inventam problemas para se distraírem.

Diferenças…

Só na América...

Isto de ter um casamento igual aos outros todos não está com nada... foi o que pensou um casal norte-americano, que no dia do seu casamento decidiu ter uma entrada de estrondo na igreja! Noivos, padrinhos e damas-de-honor percorreram o caminho até ao altar numa dança assim a dar para o ridículo... mas uma coisa é certa, originalidade não falta!

Quando isto se puder fazer em Portugal, eu penso seriamente em casar-me... mas comigo não há danças para ninguém! Contrato o plantel do Benfica e, antes do meu aparecimento triunfal, entram o Saviola, Aimar, Di Maria e companhia a dar toques até ao altar....

P.S - depois meto o vídeo no Youtube...

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Tudo que é bom acaba


Ando inquieto com a nossa ideia de democracia, com a nossa política. Curiosamente esta insatisfação coincidiu com a maioria absoluta do PS. Sempre fui contra maiorias absolutas porque penso que muito poder numa só pessoa (ou partido se soar melhor) transforma qualquer santo em ditador. E então quando nos sai um brinde socrático…

As velhas tangas que defendem que a maioria absoluta é boa para a estabilidade do país a mim não me diz nada. Os factos, ao longo dos tempos, têm demonstrado outra realidade bem diferente. Qual o interesse em votações de propostas de lei no parlamento quando estas nunca serão aprovadas por inferioridade numérica da oposição? O compadrio continua a existir nos partidos políticos e as ideias continuam formatadas. Dos poucos que destoava desta realidade era Manuel Alegre mas na hora da verdade a voz do contraditório tornava-se a voz do conformismo…Temos pena.

Assistimos actualmente a um divórcio quase assumido entre os portugueses e os seus governantes, já não partilham o mesmo ideal e ninguém se respeita. Isto é evidente para todos, até para os mais distraídos. Parece que actualmente já não somos um povo, somos um sindicato. Sempre em protesto contra o patrão, sempre a fazer contas à vida e a contar os tostões… O “código genético” da democracia está desvirtuado, parece que os portugueses são um inimigo potencial ao bem estar do nosso Governo, quando a relação deveria ser inversa. Governam contra as pessoas, não para elas, estranho…

Falando claramente temos de admitir que o PS nunca se colocou ao serviço do Estado, apropriou-se dele para se auto-promover, um Governo nunca pode ser um culto de personalidade. O espelho já não reflecte os cidadãos apenas a personificação do poder. Foi isso que Cavaco Silva se apercebeu em determinada altura tornando-se assim uma espécie de força de resistência ao Governo. Ora, como sabemos, nunca deveria ser um Presidente da República a fazer oposição, é muito cansativo.

Estamos saturados de ser complacentes, fartos de aturar birras ou tiques de vedetismo e autoritarismo de pessoas que definitivamente não gostam de nós. Andam inquietos agora? Já vêm tarde, as oportunidades acabaram e com elas a maioria absoluta…

Tudo o que é bom acaba! See you later.

Nota: Valha-nos o Magalhães, é um computador bonito e fica bem lá em casa.

Frase do dia

"Se o vosso melhor foi Baía então não foram abençoados" - afirmação de José Luís Chilavert, antigo guarda-redes da seleccção do Paraguai.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Será desta vez?

Hoje é dia de Euromilhões. Daqui a bocado vou saber se sou rico ou se continuo um pobre tolo. Curtia ser excêntrico.

Às vezes adiro à febre dos milhões e acredito piamente que desta vez é que é, vou ser milionário e sem esforço nenhum… Vou poder ter uma boa casa, comprar o meu carro de sonho e fazer uma viagem a um sitio qualquer longínquo com praia, água transparente, calor e miúdas giras.

Estou mesmo com uma “fezada” que me diz que apostei nos números certos.

Daqui a bocado já caio na realidade, lá para as nove horas.

Ser deputado em Portugal

Hoje pus-me a pensar nisto, o que faz um deputado ao certo? No outro dia estava a fazer zapping, parei no canal da Assembleia da República e assisti a um espectáculo um pouco deprimente. Num espaço onde supostamente se discutem propostas e projectos de leis importantes para o futuro do nosso país, o que é que eu vi? Uma sala com bancadas quase vazias, pessoas que mais pareciam que estavam num café ou numa esplanada a apanhar sol, uns a falar ao telemóvel e outros provavelmente a actualizarem os seus perfis no facebook ou a twittarem. Devem também ter algum fetiche estranho com os relógios, não paravam de olhar para ele.

Uma missão que deveria ser gratificante, é desconsiderada por indivíduos que se julgam numa espécie de colónia de férias. É para isto que andamos a eleger deputados? Para não levarem o trabalho a sério e ficarem gordos de não fazerem nada? O interesse destas sessões da assembleia reside no exterior da mesma. A única adoração que parecem ter deve ser pela máquina do café e pelo cigarrinho que combina sempre bem…

Há deputados que passam anos na assembleia e que não intervieram uma única vez, as caras que falam são sempre as mesmas. O que estão lá a fazer? A bater palmas e a rirem-se? Se é para isso deixem-me ser deputado, estou a precisar de férias.

E também acontece o oposto. Vai um ministro ou outra pessoa com relevância à assembleia, é ver o anfiteatro lotado, com deputados todos aprumadinhos, sentados direitos na cadeira, todos com um ar muito concentrado e prontos para o combate político. Como se as matérias de Estado discutidas sem a presença destas ilustres “personas”, não fossem igualmente importantes.

Assiste-se a debates em que ninguém se entende e que mais parece uma feira de vaidades e egos, uma espécie de concurso para ver quem faz mais barulho. Depois vem a maioria absoluta e varre tudo à sua passagem, é assim o poder democrático em Portugal.

Só podem estar a gozar…

Nota: Ao menos que andassem todos à “bulha” como fazem no parlamento coreano, sempre é mais autêntico e requer algum esforço.

Frase do dia

"Não sou um santo" - Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Algumas coisas que fazem confusão ou irritam

Todos os dias deparamos com certas situações que nos causam estranheza, desconforto e até mesmo irritação. Coisas que por mais que pensemos nelas, não lhe conseguimos atribuir sentido ou racionalidade. Aspectos que por vezes até nos passam despercebidos de tão estúpidos que são. Como sabemos a estupidez às vezes pega-se…

Por exemplo, a expressão já muito banalizada mas que toda a gente insiste em utilizar como conselho: “Há que ser humilde”, afirmação que por outras palavras significa que tens de comer e calar. Humildade destas eu dou de bom agrado. Conselho ridículo.

O que dizer da polícia quando resolve fazer o papel de semáforo e atrapalha mais do que ajuda? Quem se lixa é quem fica parado no trânsito.

E aquelas situações em que telefonas para uma operadora móvel (exemplo que me veio à cabeça, porque será?), explicas o teu “complicado” problema detalhadamente e com muita paciência a alguém que muito provavelmente nem percebe nada do assunto e o que acontece? Dizem-te para aguardar um minuto porque vão chamar um especialista e põem música clássica enquanto esperas. Ainda permaneces sereno durante uns minutos, mas depois já nem a música te acalma até porque sabes que do outro lado provavelmente está alguém a coçar a micose em vez de ser profissional e resolver o problema.

Há outras ocasiões em que devíamos ter mais carácter. Quando nos rimos de anedotas que não têm piada ou não entendemos, quando alguém passa à frente numa fila de fininho e quando é apanhada finge que não se tinha apercebido (sei que todos já fizeram isto), quando há uma “peixeirada” qualquer e em vez de circularmos e não darmos importância, paramos para assistir ao espectáculo e ainda fazemos conjecturas do que terá acontecido…

Do hábito irritante de acrescentar “inho” às palavras, que dizer? Vou dar uma voltinha, é a continha, vou tomar um cafezinho, vou beber uma cervejinha, são inúmeros os exemplos.

E a tendência de pensar pequeno que se reflecte num sentimento de inveja em relação a outros. Como vão as coisas? A vida corre bem? Resposta: Vai-se andando; mais ou menos. Resultado: Inveja. Exemplo: Vemos alguém a passar com o carro que sempre sonhámos ter, 1º pensamento – deve ser bandido, deve ser filho de pais ricos, deve ter uma herança enorme, insultamos a pessoa, tudo e mais alguma coisa.

O sermos bonzinhos e muito solidários em casos que “oferecem” alguma notoriedade também é das coisas mais curiosas e enternecedoras que algumas pessoas fazem. Como se se importassem..Eu dei dinheiro!!! Será preciso reconhecimento para ser solidário? Ai,ai.

Particularidades…

Frase do dia

"Está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor no défice do que eu" - Afirmação de José Sócrates no fórum "Novas fonteiras"

Programa de Ferreira Leite: "Vai ser enxuto, curto. Não promete tudo”

Que bom. Estou mais descansado.Gosto da Manuela Ferreira Leite que aparece pouco ou quando aparece não fala muito. Aquele estilo telegráfico fica-lhe bem mas ultimamente acho que andava a esticar-se um bocadinho e a intervir mais o que eu acho uma má estratégia. Devia deixar que os outros se enterrassem mais um bocadinho porque, acreditem nos que vos digo, escândalos (mesmo sendo verão) ou declarações infelizes só agora começaram.

Impulsionada pela vitória nas europeias (se bem que o Vital Moreira era um pouco fraquinho e foi ele que perdeu as eleições sozinho), Manuela Ferreira Leite ganhou confiança. Nada mais perigoso. A exposição é tramada e muda a imagem de uma pessoa. A única pessoa que não sofre deste mal é Santana Lopes que apesar de já ter feito muita asneira, parece que tem sete ou oito vidas políticas e ressurge sempre das cinzas como salvador. Vai uma aposta de como vai ganhar a câmara de Lisboa, sem saber ler nem escrever?

Não nos desviemos do essencial. Aplaudo o regresso da presidente social-democrata à velha estratégia. Prometer pouco é positivo, a malta assim não se ilude e pode ser que cumpra as promessas e nos surpreenda, seriedade penso que tem. Vamos ver se não lhe falta tudo o resto.

Força Manela!! Não me lixes…


Nota: Os programas eleitorais são como puzzles que o cidadão comum olha com estranheza e pergunta onde se encaixa, o que significa, o que raio é isto…os programas eleitorais são parvos porque a maior parte das pessoas não os entende.

Outra nota
: Lembra-te que prometes-te não subir os impostos. O outro prometeu o mesmo mas não confio nele.

A defesa do espanhol técnico? Exijo um pouco mais

Ontem estava a ver uns vídeos no Youtube e não me contive com este. É bom demais. Há situações caricatas e ridículas e esta enquadra-se perfeitamente nesses moldes.

O nosso distinto Primeiro-Ministro a espalhar charme, a “pulverizar” palavras com uma naturalidade que chegamos mesmo a acreditar que existem, mas não, foram inventadas pela pressão do momento. É gratificante ver a confiança estampada no rosto… Uff, já me escapei desta!

O espírito português do “desenrasca” (já mundialmente conhecido) também mora nas mais altas instâncias e por lá promete ficar mais uns tempos. Nuestros hermanos agradecem o esforço dispendido e Sócrates lá vai passando incólume nestes autênticos exames à sua competência linguística.

Que crueldade exporem as fragilidades do senhor e obrigarem-no a falar outra língua que não a materna. Não se faz, é extremamente difícil expressarmo-nos em espanhol, é uma responsabilidade muito alta para quem é só o dirigente máximo de um país e que nos representa lá fora… Imagino aquelas cimeiras ou comícios giros na Europa em que temos dar uma imagem de credibilidade e em que realmente o que se destaca é a paródia e a referência ao domínio técnico que o nosso Primeiro-Ministro tem relativamente às línguas estrangeiras. Já assisti a essas situações.

Mais a sério…Acredito que era bem melhor Sócrates expressar-se somente em português ou em espanhol, “espanholês” é que é mais complicado. Misturas não vão com nada, deve deixá-las para o povo que ao longo dos tempos já provou que consegue comunicar e entender-se de qualquer maneira.

A verdade é que há problemas mais graves do que o facto do Primeiro-Ministro não falar fluentemente espanhol, mas este é um problema de fácil resolução ao contrário de outros. Basta-lhe ficar calado e não arriscar…

Sendo certo que mais tarde ou mais cedo teremos todos de emigrar, propunha que Sócrates fosse arrepiando caminho. Aproveita e vai de carrinho eléctrico (mais uma promessa), parece que é dos poucos que gosta, que Espanha é já aqui ao lado e fica mais barato. “Haza buena viaje”, será que está correcto?

Nota: E nem falo do inglês, essa língua extremamente complicada…

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Frase do dia

"Os 15 milhões não saíram do meu bolso" - Cissokho, antigo jogador do FC Porto e recém contratado pelo Olympique de Lyon

Vemo-nos por ai



Manuel Alegre diz adeus. O histórico socialista despede-se esta quinta-feira do Parlamento ao fim de 34 anos, uma relação de altos e baixos onde foi evidente um certo afastamento do PS relativamente a algumas matérias.

O parlamentar com mais anos em exercício de funções deixou a sua marca em algumas decisões mas sempre vi um dos fundadores do PS de maneira diferente. Alegre nunca foi um político no verdadeiro sentido da palavra, nunca conseguiu esconder as suas paixões e as suas teimosias. Na minha opinião nunca foi um bom político nem podia ser.

Com atitudes que podemos classificar de estranhas, Manuel Alegre entrou em diversas contradições: dizia que não se revia no actual PS mas depois afirmava que se fosse preciso até colava cartazes, transmitiu a ideia que queria criar um partido novo para de seguida preparar o terreno para uma eventual candidatura presidencial com o apoio do PS, em que ficamos? Confuso…

Não há que ter medo de criticar Alegre. Nunca encontrou o seu espaço na política mas sempre carregou a bandeira do “sonho socialista”, isso condicionou-o, transformou-o numa pessoa de contra-sensos.

Quando traímos a nossa natureza acabamos por nos trair a nós próprios…

Manuel Alegre é um poeta, um romântico, um patriota, um homem da cultura e das letras. Nada mais que isso e já é muito...


Última Página

Vou deixar este livro. Adeus.
Aqui morei nas ruas infinitas.
Adeus meu bairro página branca
onde morri onde nasci algumas vezes.

Adeus palavras comboios
adeus navio. De ti povo
não me despeço. Vou contigo.
Adeus meu bairro versos ventos.

Não voltarei a Nambuangongo
onde tu meu amor não viste nada. Adeus
camaradas dos campos de batalha.
Parto sem ti Pedro Soldado.

Tu Rapariga do País de Abril
tu vens comigo. Não te esqueças
da primavera. Vamos soltar
a primavera no País de Abril.

Livro: meu suor meu sangue
aqui te deixo no cimo da pátria
Meto a viola debaixo do braço
e viro a página. Adeus.

Manuel Alegre

Era isso e um aumento no final do mês…

“Com toda a confusão que foi esta avaliação, seria uma atitude responsável do Ministério da Educação que todos (os professores) fossem avaliados com Bom e este fosse considerado um período experimental, evitando prejuízos graves para a vida dos docentes". Belisquem-me que eu ainda devo estar meia a dormir…

Já é tempo do sr. Mário Nogueira (para quem não sabe é o secretário-geral da FENPROF) meter juízo na cabeça e se deixar de dizer baboseiras. Avaliar com “Bom” todos os professores? Esta é a piada do dia…

Desde que estalou a polémica da avaliação dos professores que tento perceber o que a FENPROF quer. Começou tudo com um pedido de simplificação de uma avaliação trabalhosa e burocrática que tiraria muito tempo aos professores, mas logo se começou a pedir o seu fim… Em que ficamos? Protestam por uma coisa, depois lembram-se de outra… Só aqui começo a perder a paciência com os senhores… Mas eis, que a minha paciência se foi toda esta manhã quando li as declarações de Mário Nogueira. Quer-se dizer, viu que não conseguia convencer o Ministério da Educação a acabar com a avaliação, então toca a arranjar maneira de dar a volta a questão e pedir boa nota para todos os professores… E não foi um “Suficiente” ou “Satisfaz”, é logo um “Bom”! Se é para pedir, que se peça muito…

Mas é um pedido completamente fora da realidade… Em Portugal, há bons professores (eu tive alguns), mas também há aqueles que além de não saberem ensinar, ainda precisavam de voltar à escola…

Eu tive uma professora de Português que insistia em escrever leão com um “i” (o resultado era qualquer coisa como “lião”) e uma outra de Economia que tentava resolver os problemas que ela própria nos dava, mas não conseguia. Ficava ali uns minutos a fazer contas no cantinho do quadro que não davam em nada e prometia que nos trazia os exercícios feitos ao outro dia para podermos corrigir os nossos. Se isto não é incompetência eu não sei o que lhe hei-de chamar…

São exemplos como estes que vão ter uma avaliação de “Bom”? … Não me gozem…

terça-feira, 21 de julho de 2009

Frase do dia

"Espera-me na cama de Putin" - afirmação de Berlusconi, envolvido num escândalo sexual com prostitutas.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Se a publicidade fosse toda assim



Os intervalos não custavam tanto a passar...

Teoria do embuste? Não me interessa, não me alimenta…

Faz hoje 40 anos que estivemos na lua. Ou que supostamente tivemos na lua. Se um dia se vier a verificar que na realidade nem sequer estivermos perto de estar na lua (quanto mais pisá-la) podemos considerar um dos maiores barretes da história.

De qualquer maneira, seja ou não verdade, todos conhecemos a mítica frase do astronauta americano Neil Armstrong “Um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade”. Frase poética, com boa sonoridade e que apelava ao sentimento de união de toda a Humanidade.

Pela primeira vez era o Homem que pisava o solo lunar, não um satélite, nem um robot, nem mesmo um macaco, não…era um ser humano, facto que nos deixava extremamente orgulhosos. O acontecimento histórico aconteceu na madrugada do verão de 1969 e perante o fraco conhecimento da tecnologia das pessoas de então, todos ficaram estupefactos e acreditaram.

Quarenta anos depois surgem cada vez mais teorias de que foi tudo uma encenação perpetuada pela NASA de modo a marcar a diferença relativamente aos rivais soviéticos, e outras hipóteses mirabolantes mas divertidas.

Há, sem dúvida, algumas razões para pensarmos que fomos ludibriados. Quando os nossos olhos querem ver muito uma coisa não identificam pequenos sinais que nos podem levar a tirar outras conclusões. A televisão a preto e branco também não ajudava…

O céu sem estrelas, sombras visíveis em algumas fotos, a bandeira a ondular ao sabor do vento (supostamente não deveria haver vento num ambiente gravitacional), a pegada perfeita de Armstrong e a ausência de uma cratera após a aterragem do módulo lunar Eagle são provas que nos fazem duvidar e questionar o nosso discernimento. Porque não mandam actualmente astronautas para ver se existe água na lua em vez de sondas? Mas também é verdade que a missão Apolo 11 foi seguida e monitorizada por milhares de cientistas de todo o Mundo…

Prefiro pensar que é tudo verdade senão estaria a passar a mim e a muitos milhões de pessoas um atestado de ingenuidade, a admitir que mais uma vez tínhamos sido enganados pelos americanos. Não me apetece reconhecer esse facto. Mas consigo viver com essa realidade, há coisas piores e que nos afectam muito mais.

PS: Se fosse um astronauta português já se saberia toda a verdade. Podemos ter vários defeitos mas não conseguimos aguentar uma mentira tantos anos seguidos, acabamos sempre por fazer “asneira” e contamos a meio mundo. Já os americanos…

Afinal era inconstitucional...


Este post já vem com uns dias de atraso mas impunha-se visto que me dá um certo gozo pessoal a notícia que saiu em vários meios de comunicação social que informava que a acção levada a cabo pela ASAE é afinal inconstitucional.

É giro…Para além de ser justo, é hilariante e deve ter feito sorrir muita gente que se tem sentido perseguida pela ASAE. A verdade é que muitas vezes a organização comportou-se como um autêntico bastião da lei, como um defensor intransigente do consumidor mas sem o olhar, sem o escutar…E isso é feio. Para atitudes de arrogância, sobranceria e falta de respeito já nos bastam a de outros actores da nossa realidade social.

Por outro lado, é-me pacífico aceitar que enquanto cliente de restauração sinto que a apertada fiscalização e o crescente respeito pelas condições de higiene me deixa mais tranquilo. Contudo, penso que o excesso de zelo acaba por desvirtuar uma relação que na minha opinião deveria ser mais natural.

A ASAE chega mesmo a “roçar” a violência com pessoas que apenas tentam ganhar a vida, e apresenta-se normalmente de rosto coberto, uma atitude que em nada dignifica a entidade e que podemos mesmo caracterizar de medrosa.

As boas novas…este ano vai haver bolas de Berlim e outros petiscos que tanto gostamos e que tinham desaparecido de circulação com as regras e multas impostas pela ASAE. Poderemos assistir ao ressurgimento do comércio tradicional que antes era valorizado e actualmente é ostracizado.

Por isso, sinto-me contente com a notícia.

Nota: Li que o chefe máximo da ASAE fez há pouco tempo a defesa da sua tese de doutoramento sobre terrorismo alimentar segundo a qual (não me recordo bem)sei que teve boa nota, ou como se costuma dizer, uma nota exemplar. Sei também que demorou apenas dez minutos a defender a dita cuja e foi aplaudida de pé. E agora? E o “real” chumbo? Quem aplaude?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Bem me parecia...

Finalmente alguém denuncia as malvadas Torres do Técnico... isto de perseguirem pessoas inocentes não pode acontecer! Força Maria Amélia, estou consigo...

(OMG, eu pensava que era maluca, mas depois de ver isto percebo que é só impressão minha...)

É simples...

“Por cada trabalhador que é obrigado a adiar a idade da reforma, há um jovem que perde a oportunidade de entrar no mercado de trabalho. Esta é a conclusão de um estudo de três economistas portugueses a partir da experiência ocorrida em 1994, quando o Governo resolveu subir a idade de aposentação das mulheres, dos 62 para os 65 anos de idade, e é uma má notícia para o actual Executivo, que fez do adiamento da idade da reforma uma das pedras angulares da sua política de aposentações."

Mais uma lei que não se compreende. Penso que só inovamos mesmos é em regras absurdas que nos afectam a qualidade de vida e a nossa dignidade enquanto pessoas…é caricato, sem dúvida. Com tantos problemas ainda por resolver, temos tendência para nos dispersarmos e inventarmos novas temáticas que originam mais problemas.

Uma questão que penso pertinente: serei só eu que consigo fazer esta analogia lógica de que se se aumentar a idade da reforma tiramos trabalhos aos jovens? Penso que é uma realidade demasiado evidente mas os nossos governantes devem ser autistas…ou mesmo burros. Ainda por cima vangloriam-se.

É preciso estudar e concluir o óbvio para demonstrar o óbvio. Mas continuo a bater na mesma tecla…as políticas seguidas ao longo dos anos (por este e outros governos) deixa-me estupefacto e com um sorriso amarelo. Este acumular de erros são autênticos tiros nos pés dos decisores mas também nos pés de todos.

Quando se faz alguém trabalhar durante mais anos porque se pretende evitar ter de lhe pagar uma reforma, parece-me evidente dois factos: Quem fica, está a ocupar um posto de trabalho que pode ser ocupado por alguém mais jovem e ao permanecer desta maneira, fica desmotivado e provavelmente sem adaptação a tecnologias que permitem produzir melhor e mais eficientemente.

Rotatividade. Sangue novo. Numa economia estanque como a nossa, para uns entrarem outros têm de sair e os próprios intervenientes aceitam este facto com relativa simplicidade. O ciclo é básico: se ninguém sai, ninguém entra. Capisce? A primeira lição é grátis…

Se a pessoa permanece muito tempo numa função para a qual já não está motivado, produz menos ao contrário do jovem trabalhador cheio de vontade de mostrar serviço, que permanece no desemprego e desanima. Lição número dois.

Não deixam as pessoas reformarem-se. Burrice!!! Se não as deixam reformar-se, não há uma renovação e as pessoas jovens não entram no sistema. Mais uma burrice. Se o sistema se torna envelhecido e pessoas novas não entram, a produtividade torna-se obsoleta. É simples mas parece que alguns não querem ver…

Ainda bem que não fui para professor…não tinha feitio e nesta altura estaria desempregado. Mas isso dava outro texto.

Frase do dia

"Se Ronaldo custou 92, eu custaria 93 milhões." - Michel Platini, presidente da UEFA e antigo internacional francês.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ilusões perdidas

Depois de Freeports, novelas com aeroportos e TGVs, licenciaturas fraudulentas e os casos dos bancos BCP, BPN e BPP, o que falta mais a Sócrates e ao governo PS para atingirem a excelência? Provavelmente nada…

Num país onde todos parecem intitularem-se doutores ou engenheiros, a verdade é que o poder de decisão continua a residir apenas em alguns indivíduos que se apaixonaram pelo poder mas não pelos portugueses.

O “PS de Sócrates” é hoje má onda. A maioria absoluta já foi e o que está em causa actualmente é a mera vitória socialista. Assiste-se agora a coisas engraçadas na família socialista. A tentativa de demarcação de António Costa (actual presidente da Câmara de Lisboa e candidato a novo mandato) do PS uma vez que o peso da governação socrática começa a abalar as suas pretensões e a uma certa ginástica intelectual de Manuel Alegre que com os olhos em Belém, tenta afastar-se do náufrago José Sócrates, mas com jeitinho…sem dar muito nas vistas.

A contínua alimentação da farsa e a postura militante já não resultam mas o nosso Primeiro Ministro insiste em atirar areia para os nossos olhos. Mas está a dar tiros nos próprios pés. Agora afirma que a pobreza diminui com o PS no governo.

Mas andamos a brincar às políticas? Sócrates deve viver numa realidade paralela onde todos somos ovelhas e ele é o pastor… Que pena ele e os amigos não fazerem todos corninhos para se porem a andar, sempre era uma maneira subtil de abandonar a governação.

A imagem de Sócrates já não é intocável, atingimos o ponto de saturação. Já não é o homem que triunfava na arena política e derrubava os adversários uns após os outros. Hoje Sócrates é cada vez mais um sujeito sozinho, ele representa a dúvida, fora e dentro do partido. Está finalmente ao alcance das críticas. O triste é que tínhamos tudo para podermos ser felizes. Tudo menos um líder à altura…

Assim, continuamos pobres. Pobres e insatisfeitos mas honestos e trabalhadores.

«Viver na pobreza não quer dizer que sejamos miseráveis; quer, sim, dizer que devemos viver na exacta medida das nossas possibilidades, que devemos premiar o esforço e o trabalho, que devemos ter os melhores a dirigir, que se deve restaurar o princípio da poupança e dos sacrifícios. Viver modestamente não quer dizer que vivamos em penúria, mas que sejamos os primeiros a reconhecer que o tipo de figurino que nos impuseram se transformou na maior causa de frustração para quantos acreditaram poder viver como europeus ricos e ociosos.»

踊るクリップ - pois, é isso mesmo!

Se amanhã virem alguém de rabo virado para o ar em alguma carruagem do metro... sou eu a tentar imitar os chinocas a meter clips a dançar...

Cheira a Verão

Chegou a chamada Silly Season onde tudo pára. O Verão ganha prioridade face a tudo o resto. Calções e biquinis, iPods e bronzeadores, havaianas e óculos de sol saem dos armários e substituem as camisas e as gravatas, os sapatos e a barba feita. As merecidas férias espreitam e a nossa atenção psicológica vira-se para um ritmo mais lento, mais tranquilo...É um momento de descompressão, de relax, de projectos e planos fora da rotina habitual. Há tempo para fazer tudo, ou melhor, muito tempo para não fazer nada.

É a altura de festivais, dormir pouco e acordar tarde. É o momento de pisar a areia, apanhar umas ondas ou passar a tarde na esplanada a beber uma cerveja bem gelada…ou as que se quiser.

No verão a crise desaparece, o futebol e a política param. Almoçaradas prolongadas com a família ou com os amigos que não vês há algum tempo tornam-se “obrigatórios”, a bela da sesta, depois da refeição, quando a preguiça se instala vira regra…Desejas que o tempo não passe rapidamente, que tudo aconteça em câmara lenta.

É quando surgem os chamados “amores de verão”, daqueles que nos fazem sorrir e lembrar que naquele verão fomos felizes, sem compromissos nem complicações, sem qualquer tipo de promessas ilusórias. Amores tão intensos quanto fugazes…

Adoro o Verão!!! E tu?

Ser infractor compensa...

Há muito que se diz que ser bonzinho não dá lucro nenhum e cada vez acredito mais nisso...
Os senhores da Polícia Municipal vão deixar de pregar sustos aos condutores infractores... é que cada vez que decidir rebocar um carro, a Polícia Municipal de Lisboa irá colocar um autocolante no lancil do passeio, no alcatrão ou até nas paredes dos edifícios que estejam mais próximos do lugar onde o carro infractor está estacionado... E tudo isto para quê? Para avisar o que aconteceu ao carro dos senhores que estacionam em sítios que não devem... Acabaram-se os sustos do género: "F#**#!# ROUBARAM-ME O CARRO!!"

O autocolante (podem ver na imagem como é bonito) tem todas as informações necessárias para um peddypaper de luxo... Tem um mapa onde é assinalado o lugar para onde o carro foi levado, indicações de como lá chegar e ainda os transportes acessíveis ao parque, tal como a rede de metro... e o senhor infractor ainda pode pedir a ajuda da Polícia, basta ligar para os números de telefone do autocolante e esperar que lhe deêm as pistas certas!

Deixar o carro mal estacionado compensa ou não? Um susto é um preço mínino e justo para aqueles que deixam os carros em qualquer sítio, sem respeitar as outras pessoas.. E depois disto tudo ainda quero ver quem vai descolar os autocolantes do chão...

Que saudades...

Hoje fui atingida por um sentimento de nostalgia (talvez devido aos meus queridos coleguinhas de trabalho terem sintonizado o rádio na M80) e senti saudades dos tempos em que contava apenas 4 anos e a minha única preocupação era não pintar fora do risco... Muitas saudades desses tempos!!

E é por isto que gosto tanto da internet, que nos permite mergulhar no passado e recordar aquilo que nos fazia felizes quando eramos crianças... E a Rua Sésamo fazia-me feliz.... a mim e a muita gente da minha idade! O Poupas Amarelo, o Becas e o Egas e até o irritante Conde de Contar...

Já vos disse que tenho saudades??

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Os motivos eram outros...

Afinal na génese do Facebook está um motivo muito simples, até mesmo primitivo. Os seus criadores não conceberam esta rede social por nenhuma razão nobre. Não queriam entreter ou ir ao encontro dos desejos das pessoas de interagir umas com outras, nem foi por pretenderem criar um sistema em que a informação circulasse livremente, o motivo foi claro desde o início. O sexo!!!

Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin, dois cromos informáticos de Harvard, criaram a maior rede online do Mundo com o intuito de conhecer miúdas. A verdade é que isto da programação informática é tudo muito bonito mas o que continua a mover o Mundo é a libido…

O resto da história já se sabe. O sucesso contundente do Facebook, lançado em 2004, foi imediato e os dois rapazes solitários ganharam fama e, consequentemente, muitas raparigas desejosas de conhecer os crânios por trás da rede social do momento. Final feliz.

A realidade é quase poética. Actualmente quem não está no Facebook, não existe. E tudo devido, mais uma vez, à inaptidão de dois indivíduos de comunicarem com o sexo oposto, de não conseguirem engatar…

Quem sabe-a toda é o polémico Miguel Sousa Tavares, que no alto de toda a sua imensa sabedoria, afirmou que o Facebook “não passa de uma agência de engates onde uma multidão de solitários ou mal resolvidos se põe a jeito”. Na mouche meu caro…

Frase do Dia

"Quem teve esta gripe e já se curou está mais saudável do que nós" - made in Ministra da Saúde, Ana Jorge

Época 2009/2010

A nova época futebolista está a começar e impõe-se um post sobre o desporto rei. É a altura certa para fazer uma antevisão do que se poderá passar nos relvados portugueses nos próximos meses uma vez que a pré-época iniciou há pouco tempo.

Comecemos pelo Sporting. Com novo presidente ao leme, os leões partem para esta época com renovadas esperanças na conquista do título uma vez que é quase certo que Miguel Veloso e Rochemback continuam no plantel às ordens de Paulo Bento. Esta dupla de peso promete fazer furor nesta nova época, juntamente com o único reforço garantido até agora, o chileno Matias Fernandez. Com Izmailov no estaleiro durante uns meses e Djaló enamorado e com a cabeça noutro sítio, sem dúvida que temporada leonina promete. Quem parece que poderá estar de partida para outras paragens é o argentino Romagnolli que vai deixar saudades aos adeptos rivais…Julgo que o grande trunfo deste Sporting para a próxima época passa mesmo pela competência de Paulo Bento e pelo prestígio do roupeiro Paulinho.

Quanto aos tetracampeões nacionais, a debandada começou e promete não ficar por aqui. Dois pesos pesados do balneário portista, Lisandro López e o lendário capitão Lucho Gonzalez já foram (curioso transferirem-se para equipas do campeonato francês), outros prometem seguir o mesmo caminho. Quem perde é o tango. Bruno Alves deve rumar para outras paragens, Cissokho deverá estar em depressão (tal como os dirigentes azuis e brancos) mas também deverá estar de saída. Vão-se os craques, ficam os milhões. Contrataram vários jovens futebolistas a actuar no campeonato nacional (quase de certeza que vão “bombar”), um tal de Belluschi, um Falcão (mais um que roubam ao Benfica) e outros que ainda virão acrescentar valor. Pinto da Costa não falha nesta matéria. Nem nas noutras…
Destaque para o abandono do capitão Pedro Emanuel (alguém se lembrou dele?) que deixa o plantel mais fraco…

O Glorioso volta mais uma vez cheio de força e a prometer lutar por todas as frentes. Para já, mais uma vez são os campeões da pré-temporada (não têm culpa que o FC Porto ainda não tenha entrado em campo), têm o Saviola, compraram uns putos (Schaffer e Patric), adquiriram um internacional brasileiro, Ramires, que é craque apesar de parecer que vem só de passagem e a euforia está novamente instalada…Com a presença mítica do Rui Costa e o novo modelo de jogo de Jesus (o treinador), penso que este ano estão reunidas todas as condições para se fazer “Luz”.
Jorge Jesus pode não ser milagreiro, isso é certo. Mas é um facto que percebe a linguagem do futebol e que não vai tolerar manias ou tiques de vedetismo, os jogadores “encarnados” que não trabalharem estão literalmente tramados.

A questão da imagem e da comunicação exterior é responsabilidade de outras pessoas da direcção. Quanto a problemas do “forno” interno, Jesus resolve…

Quanto às outras equipas, perdoem-me mas não têm hipóteses de lutar pelo título. Sorry.


O melhor fica para o fim.

Equipa ideal:

Guarda-redes - Helton
Defesas – Luisão, David Luiz, Maxi Pereira e Fucile
Médios – Ruben Amorim, Raúl Meireiles, João Moutinho, Aimar
Avançados – Saviola, Cardozo

Nota: Dou um prémio se adivinharem de que clube sou.
Nota: A melhor equipa da próxima época (e das outras) é mesmo a formação da UGA. Defendemos, gerimos e marcamos. Ainda não conhecem? Mas vão conhecer…

terça-feira, 14 de julho de 2009

Frase do Dia

"Nunca pensei que existisse uma mulher com um coração do tamanho do mundo, com uma personalidade tão forte, com uma ambição tão grande, uma tremenda força de vencer, e ao mesmo tempo uma flor, de tão delicada que é." - Yannick Djaló, sobre a sua nova namorada, Luciana Abreu

Ai Portugal, Portugal…

Cada vez fico mais perplexa com as barbaridades que se pensam neste país. Um especialista em Estudos Portugueses, de seu nome Carlos Reis, veio a público defender que a obra de José Saramago, “Memorial do Convento”, não deveria figurar no programa da disciplina de Português:
“Não sou defensor do Memorial do Convento como obra de leitura integral neste nível de ensino [12º ano]. Parece-me uma obra de linguagem demasiado complexa.”

Ora, linguagem complexa. De facto, a escrita de José Saramago tem umas características muito particulares. As letras maiúsculas no meio do texto vindas sabe-se lá bem de onde, ou as vírgulas fora sítio (isto quando as há, claro) são aquelas que mais confusão fazem ao estimado leitor. E eu pergunto: E então? É caso para se ignorar o único português galardoado com um Nobel da Literatura? Se responder que sim, lamento dizer-lhe que é por estes pensamentos que o estado da Cultura neste país se arrasta pelas ruas da amargura. Se responder que não, os meus parabéns, alguém que valorize aquilo que é nacional.

Com esta conversa não estou de modo algum a defender, e muito menos a dizer que gosto da forma de escrever de Saramago. Apenas penso que é ridículo tentar tirar uma obra do autor do programa de Português por ter “uma linguagem complexa”. Eu também andei às voltas com os textos de Antero de Quental, não percebia nada daquilo, e não foi por isso que não tirei boas notas a Português. Simplesmente estudei para ultrapassar a complexidade dos poemas do senhor. Continuo a não apreciar os seus textos, mas não é por isso que penso que devessem ser tirados do programa.

E agora os meninos não podem estudar? O Ministério da Educação continuar a facilitar no ensino e eliminar as partes difíceis dos programas? É assim que os alunos vão aprender Português e a conhecer as obras dos autores lusos? Temos que ter em conta que os alunos que estudam o “Memorial do Convento” já não têm 10 anos, já devem ter uma maturidade e à vontade com a Língua Portuguesa para perceberem que Saramago tem uma escrita muito diferente e única. Aí é que está o desafio… E é por isso mesmo que continua a ser admirado e ganha prémios. Porque escritores de romances é o que há mais em Portugal. Agora que sejam reconhecidos lá fora é que não…

Mas esta já não é uma situação nova em Portugal… o que é nacional não nos chega, não presta e não merece sequer a nossa atenção… os estrangeiros continuarão a admirar aquilo que nós deixamos de lado!

As diferenças entre homens e mulheres

Hoje apeteceu-me divagar sobre a interacção entre homens e mulheres e os problemas que frequentemente surgem nesta relação.

Sabemos que as mulheres são mais complicadas que os homens, está-lhes no sangue. Dificultam ou insistem sempre em algo que para nós é extremamente simples e isso irrita-as… A tendência que temos para simplificar e tratar certas matérias consideradas importantes com uma certa ligeireza deixa muitas vezes as mulheres desorientadas ou à beira de um ataque de nervos, isto é um facto que não merece quase discussão.

As mulheres quando metem algo na cabeça vão até ao fim, já nós facilmente nos dispersamos e varre-se-nos da cabeça certas ideias/convicções que não nos importava reter. Entregamo-nos mais a coisas concretas, como o dinheiro e o que podemos fazer com ele, ao futebol e às sexta-feiras ou sábados (consoante a disponibilidade) para estar com os amigos e confraternizar.

Podemos tentar uma vida toda que nunca ficaremos a compreender o que se passa na cabeça das mulheres, por isso muitas vezes nem tentamos. Já nós somos seres mais simples, só não percebem o que nos vai na mente se não quiserem (nem precisam de se esforçar muito).

A verdade é que as mulheres pensam muitas vezes em nós como príncipes encantados mas muitas vezes somos sapos, esta é a verdade. Esta constatação não nos tira valor, ninguém disse para terem perspectivas tão elevadas. Não temos culpa…

Vamos a uma listinha? Vamos…

Coisas que as irritam:

1-Chegar atrasados a compromissos e esquecer datas (considerados por elas de importantes).
2-A tendência que os homens têm para dispersar a atenção quando o assunto não nos interessa, ou seja, desconversar…
3-Odeiam as nossas desculpas e já as conhecem quase todas.
4- Ladies night e ouvirem risinhos de raparigas quando nos telefonam.
5-Não gostam quando não as olhamos nos olhos e não dizermos que gostamos muito delas.
6-Detestam que nos deixemos dormir logo quando elas querem conversar.
7- Odeiam quando somos demasiado carinhosos e não as largamos.
8- Odeiam quando não somos carinhosos e não as abraçamos.
9-Quanto a tarefas domésticas, são inúmeros os casos de insatisfação: Não passar a banheira por água após o banho, deixar o tampo da sanita levantado, não puxar o autoclismo, deixarmos os sapatos na sala, deixar a toalha molhada em cima da cama, não passar os pratos por água depois de comer, não substituirmos o rolo de papel higiénico quando está no fim (ou quase) - deixando apenas uma folhinha para ver se enganamos o próximo – desorientar a disposição dos alimentos no frigorífico, deixar roupa suja espalhada pela casa, acharmos que as compras aparecem feitas por milagre, deixarmos pegadas molhadas pela casa quando saímos do banho, ler na sanita…

Pronto, acho que não falta nada.

Coisas que nos irritam:

1-Comprar prendas.
2-Quererem sempre conversar e serem chatas ou demasiado emocionais.
3- Não apreciamos o facto de demorarem eternidades na casa de banho, até porque não gostamos muito que se maquilhem em demasia.
4-Telefonarem de madrugada de cinco em cinco minutos a perguntar onde estamos e fazerem um escândalo.
5-Não gostamos que saibam que são muito bonitas, normalmente armam-se em espertas.
6-Odiamos que marquem coisas quando queremos sair ou temos algo combinado com os amigos (e normalmente elas sabem).
7-Irrita-nos que façam ciúmes com o nosso melhor amigo quando estão zangadas.
8-Odiamos o facto de perceberem sempre quando estamos a mentir.

Como vêem, os homens e as mulheres têm tudo para dar certo.

Nota: Não há a pessoa ideal, há sim a pessoa ideal para ti.

Ninguém pára as novas tecnologias...


A brincar, a brincar há muita boa gente é totalmente dependente das novas tecnologias... Qual Gripe A, qual carapuça... esta é a verdadeira doença no século XXI!! Mas não inventem a vacina, eu gosto assim...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Já acreditas que é possível?

E dura, e dura...Tou farto!!! Só para rir um bocado neste final de tarde.

Um dia na vida de um arrumador…que eu conheço

Confesso que não tinha grande consideração pelos arrumadores mas depois de ter começado a estabelecer uma certa ligação “profissional” com um deles derivado ao facto de ter carro, comecei a respeitá-lo e a vê-lo com outros olhos.

Sabemos que estacionar em Lisboa é um autêntico caos. É um dado incontestável que é quase uma lotaria conseguir um bom lugar, daqueles que estacionamos e não nos preocupamos mais até ao final do dia mas o meu “Arrumas” consegue.

O “Arrumas”(apelido carinhoso que se aplica na íntegra) sabe perfeitamente todos os horários de entrada e saída dos carros da sua área da influência, não é um chato como muitos, e é um exemplo para muitos como ele. É possível manter a dignidade na sua ocupação, isso é certo…

Não sei se ele é a excepção à regra, o que eu sei é que ele ainda não me desiludiu. E enquanto assim for, vou defende-lo. Não sei se a classe a que pertence tem a mesma eficácia que ele, o que sei é que todos os dias ele diz presente e ajuda-me a arranjar um lugar para o carro. Tem uns dias melhores que outros, é verdade, mas nunca falta à chamada.

Falei com ele por breves momentos e cheguei à conclusão que é um indivíduo com sabedoria e disciplinado, licenciado na escola da vida e que vive em frente a um bairro social (totalmente distinto de viver num bairro social). E mais não sei mas chega-me perfeitamente. A nossa relação nunca passará disto, desta superficialidade e ele tem consciência desse facto. Ele presta-me um serviço e eu dou-lhe uma moedinha.

Fossem todas as ligações baseadas nesta relação de confiança e sinceridade…

Frase do Dia

"Sou mais inteligente do que aquilo que pareço." - Manuel Cajuda

Um momento visionário

Imagine from Murat Pak on Vimeo.

Procura-se competência


Estalou a polémica no parlamento açoriano. Segundo o que foi noticiado, os deputados de partidos rivais (PS e PSD) passaram o plenário todo a insultarem-se e a acusarem-se via Twitter. É a democracia reivindicativa em plena acção.

O nosso parlamento (o do continente) é completamente diferente. Destaca-se apenas por algumas pequenas quezílias e por deputados que passam o mandato todo a chegarem atrasados, a beber cafés, a bater palmas e a dizer muito bem! Muito bem! Exceptuando o mais recente episódio dos corninhos de Manuel Pinho, o nossa assembleia é aborrecida…vamos mudar isso.

Agora mais a sério. Este episódio mostra a classe dos nossos deputados. Em vez de discutirem matérias que defendam os nossos interesses, não…isso é chato. Vamos antes acusarmo-nos uns aos outros e gastar o dinheiro dos contribuintes. Vamos é todos ser ignorantes e preguiçosos, custa menos do que perder tempo a pensar…

Quanto ao mais recente episódio, achei piada a um facto. Alguns deputados defendiam que o Twitter deveria ser regulado, que esta plataforma “comunica” demais. Por favor!!! Não podemos ser todos meninos bem comportados e deixar as diferenças pessoais de lado? Não podemos optar pela inteligência? Ou vamos todos usar “orelhas de burro”? É mais fácil dizer que a culpa é do Twitter que dá demasiada liberdade e propicia a parvoíce. Pois…

Que classe que têm os nossos políticos...

Mais um episódio...

Tenho assistido a uma engraçada auto promoção. José Sócrates anda a congratular-se com o número recorde de vagas para o ensino superior e pus-me a pensar…esperto o nosso primeiro ministro!

“Nunca houve tantas vagas no ensino superior público. São mais cinco mil vagas do que em 2005. São cinco mil oportunidades para os jovens fazerem os seus estudos. Não há melhor indicador de sucesso e investimento na rede pública do que este”, afirmou.

“Se um dia se fizer com justiça um balanço destes quatro anos ao nível do investimento no ensino, verão que nunca houve, no nosso país, um progresso tão forte”, salientou.

Começo a achar uma certa piada a estes episódios. Sócrates para além de ser um político hábil, é também ilusionista. É só tirar coelhos da cartola à última hora, as eleições nada têm a ver com isto…

Na prática o que representam estas quase 52.000 vagas? Nada. Apenas que vamos ter mais licenciados que acabam o curso e depois são literalmente abandonados à sua sorte. Este servilismo a Sócrates é estranho, parece que temos medo de contrariar a “sabedoria” do nosso representante máximo. Parece que só nos vamos pronunciar na altura das eleições, agora não estamos para entrar em polémicas chatas. Está calor.

O mais hilariante é que o número de vagas aumentou muito devido a cursos como Enfermagem e Direito, curiosamente das licenciaturas que registam das menores taxas de empregabilidade. Enfim, são critérios…

Sócrates continua a tentar somar pontos da pior forma. Cuidado… a estratégia de defender, ou melhor, de glorificar o papel do Governo em vez de anunciar verdadeiras e novas medidas para o futuro pode ser perigosa e o início do fim. Quem te avisa…

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Marcar a diferença

Estão a sentir? Este é o espírito da UGA...O indivíduo começa a dançar sozinho (sem muito talento diga-se), mas está a viver a onda dele, incorporou um sentimento de rebeldia...

Esta é a liberdade de ser diferente e é o que queremos ser. A irreverência não tem preço! Uma pessoa sozinha não consegue fazer a diferença mas em grupo...não há limites!

Onde um vai, vão todos.Se é para ser ridículo, vamos todos ser ridículos...

"Espicaçar as consciências adormecidas"...UGA!!!!

Gripe A: ter ou não ter medo, eis a questão…

Está a começar o alarmismo em Portugal. Em poucos dias, o número de casos de Gripe A aumentou consideravelmente em território português. E eu sinto-me confusa… há razão para ficar com medo e continuo a viver como se nada passasse? Questiono-me sobre isto porque vejo uma ministra da Saúde relaxada quando fala da Gripe A, enquanto pessoas morrem por causa do vírus por este mundo fora.

É natural temer pela minha saúde, pensar cada vez que ando de metro posso ser facilmente contaminada por uma das milhares de pessoas que se cruzam comigo todos os dias. Mas quando vejo a nossa ministra da Saúde falar sobre o caso parece que eu é que estou a fazer um filme de terror na minha cabeça.

No entanto, a forma como surgem notícias sobre novos infectados em Portugal deixa-me mais descansada no que diz respeito à minha saúde mental. Afinal, não sou eu que estou a alucinar, é mesmo verdade que estamos a ser fortemente atacados pela Gripe A. E é aqui que a porca torce o rabo…

Portugal não fez pré-reserva para as vacinas que combatem o vírus. E mesmo que se façam agora as reservas, nem em Dezembro elas cá chegam… e o Inverno nessa altura já se instalou há muito em Portugal. E eu pergunto-me: Mas em que país vivemos? Será que a ministra da Saúde estava à espera que a Gripe A nunca cá chegasse?

Portugal foi um dos últimos países a serem afectados pelo vírus, mas achar que nos encontramos numa bolha de protecção é uma atitude irresponsável. Aliás, chamar-lhe irresponsável é pouco.

Mas não é só a ministra que fica mal na fotografia. Desde que se começou a falar neste problema que as viagens para outros países são pouco aconselhadas, mas desistir das férias num país com solzinho é que não. Eu percebo que haja pessoas que tenham que viajar forçosamente, mas já não entendo como é que pais com filhos bebés se metem num avião rumo ao México. Não ouvem as notícias, não sabem quantos milhares de pessoas foram afectadas e quantas centenas já morreram devido à Gripe A? Isto de preferir uma semana de férias de papo para o ar em vez de pensar na saúde é mesmo à portuguesa. Além de não haver amor à própria vida, não querem saber daqueles que os rodeiam.

Mas o problema não fica por aqui. No meio da crise há sempre alguém que lucra com ela. Que o digam as farmacêuticas. O nome dos lucros é Oseltamivir, um medicamento que está a ser vendido às resmas via Internet, pela melódica quantia de 300 euros por uma caixa de 10 comprimidos. E agora a parte em que ficamos com um sorriso amarelo na cara: o medicamento está à venda nas farmácias a 20 euros!! Tcharaaaann… Pois é, meus amigos, as empresas farmacêuticas têm que fazer dinheiro de alguma forma. É que para se comprar o Oseltamivir nas farmácias é preciso receita médica, mas os médicos têm receio de as passar porque, segundo eles, a toma do medicamento pode criar resistências ao vírus. E sobre isto só tenho uma coisa a dizer: sabem que os médicos e farmacêuticas têm uma relação muito cordial, não sabem?

Apanhados!!!



Isto de ser político não é fácil mas de vez enquando surgem situações engraçadas que nos deixam com um sorriso nos lábios...e que nos fazem duvidar.

Comandar os destinos de um país não é para qualquer um, admito... é preciso inteligência, coragem, estofo para aguentar as críticas e paciência, muita paciência. Principalmente para aguentar aquelas maratonas de horas que se passa em cimeiras. Não foi o caso destas duas...

Parabéns ao Sarkozy que conseguiu estar no local e no momento certo em ambas as situações...

A ditadura das telenovelas

Venho mostrar a minha indignação do que considero ser um abuso, um teste à nossa paciência.
Todos os dias chegamos a casa cansados do trabalho e queremos chegar a casa e descomprimir…beber uma cerveja fresquinha, ligar o piloto automático e ver algo minimamente interessante na televisão.

E o que assistimos? A horas intermináveis de episódios de novelas atrás de novelas, portuguesas ou brasileiras, tanto faz…Já não há diálogo apenas pessoas vidradas no ecrã da televisão.

Para quem só tem quatro canais, torna-se um martírio. Entramos num estado de hipnose tal que nem nos apercebemos que estamos a dar audiências às mesmas. Damos por nós, impávidos e serenos, num estado de adormecimento que pura e simplesmente deixamo-nos levar.

Esta situação tem-se agravado nos últimos tempos. Assistimos sem pudor a uma estupidificação e a uma formatação que pode e deve ser combatida. Como? Fácil, optando por não ver…

A história de que vemos novelas porque gostamos de projectar os nossos sonhos nas personagens, de idealizar cenários, essa lengalenga já não pega. Assistimos a novelas pura e simplesmente porque estamos cansados e não queremos pensar.

Oi, já é meia noite e meia…Já “mamei” três horinhas de novelas e tenho de me deitar que amanhã trabalho e acordo cedo.

Didáctico?! Aprendi alguma coisa? Só mesmo quando a novela acaba…

Haja talento... e pontaria!!

Por favor, não façam isto em casa...

Conversa de elevador

Todos sabemos daquilo que estou a falar. Vamos a qualquer lado, chamamos o elevador, normalmente demora uns segundos, a porta abre-se e entras.

Oh não…o elevador vem com gente, vou ser “obrigado” a fazer conversa de circunstância. Instala-se quase de imediato um momento de desconforto (ou pânico). Dizes bom dia ou boa tarde (consoante a hora do dia) e acabam-se os trunfos. Segue-se normalmente um período de breve silêncio em que pensas o que irás dizer a seguir. E aqui começa o desafio…

O constrangimento começa a apertar, transpiras, há muito tempo que estás calado e tens de dizer algo, sais-te com esta: Está bom o tempo, tem estado fresquinho…Ao que te respondem quase em uníssono: pois tem. Durante uns segundos sentes-te feliz porque conseguiste interagir com aquelas pessoas que mal conheces.

Mas atenção! Se por acaso essas pessoas forem tuas vizinhas não podes ficar só por ai, tens de ser mais arrojado e querer ir mais além. Se não falas és antipático, se falas demais és desbocado, por isso age com cautela e não abras demasiado o jogo. Eles querem saber algo da tua vida que muito provavelmente pode vir a ser usado contra ti…ou não…

Pensas em parar o tempo e voltar atrás, retornar àquele momento em que decidiste entrar no elevador e…não entrar…

Estás quase a chegar ao teu destino, parece que estás naquele cubículo há uma eternidade. A porta do elevador abre-se e sais apressado. Despedes-te das pessoas. Estás aliviado.
No final vais ver e foram os 20 segundos mais enfadonhos da tua vida.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Deixem-se de invenções

Feira medieval e salão erótico. O que é que estes dois conceitos têm em comum? À primeira vista nada. Não é o que pensa o responsável da organização do I Festival Erótico Medieval (evento arranca hoje), Luís Almeida, que defende a ideia de que "na época medieval existia uma forte componente erótica".

Está bem. É na boa…não sei é se concordo muito. “As senhoras da nobreza demoravam quatro horas para se vestir e precisavam da ajuda de aias para colocar os corpetes para evidenciar os seios”, refere Luís Almeida. Agora é que me deu o sono…Não vejo interesse nenhum em saber que a senhora da nobreza demorava quatro horas a vestir mas tenho uma certeza: que desperdício de tempo!!! Demorar quatro horas a vestir mas cerca de 30 segundos a despir…ou então não…uma autêntica guerra para despir e ups…fugiu o erotismo e ficou o tédio!

Não vejo nada de cativante em pensar que a senhora da nobreza pode cair para o lado a qualquer altura por não conseguir respirar. Onde “mora” o erotismo nas senhoras que se apresentavam vestidas dos pés à cabeça? Nem espaço para a imaginação deixavam…

“Estamos numa fase evolutiva da mentalidade erótica em Portugal e queremos ser mais um contributo para uma nova visão e uma nova mentalidade”, afirma o responsável pelo festival.
Pode ter as melhores intenções mas eu não vislumbro qual o problema com a nossa mentalidade.

Se vierem com aquela história banalíssima de que despir a mulher é todo um processo erótico e de descoberta do corpo da mulher, se é assim, vou ficar chateado. De tangas estamos nós fartos…Esta junção do passado com a actualidade é engraçada, inovadora e absurda. Deixemo-nos de invenções e voltemos ao festival puro e duro, o festival erótico clássico.

“Portugal tem os melhores stripers masculinos da Europa”…esta foi cruel, matou-me! Pronto, não digo mais nada…

Já eram...

Em homenagem ao fim dos exames. Paródia!!!

Dissertação sobre a condução dos portugueses

Os condutores nacionais têm de ser valorizados, somos frequentemente criticados e nunca ninguém nos defende.

Todos os dias estamos perante situações que nos tiram do sério como as imensas filas de trânsito, as portagens, o pára-arranca, as buzinadelas …e mantemos sempre a nossa dignidade, não nos rebaixamos.

Somos verdadeiros campeões a aturar tudo e mais alguma coisa e no trânsito temos uma hipótese de ouro de explodir, de mostrar de que matéria somos realmente feitos. Sim, a conduzir podemos ser irracionais e selvagens, até mesmo primitivos… Mas merecemos!

Estas circunstâncias aborrecidas que não raras vezes deixam-nos numa pilha de nervos direccionam-nos a uma forma de conduzir que é muito própria. Faz parte do sangue lusitano, tiram-nos isso e estão a destruir toda uma herança cultural.

Dirigir com segurança?! Nah…isso é para meninos! Limites de velocidade e sinais de trânsito não conhecemos, nós fazemos a nossa lei. Tal facto não impede o condutor português de ter um profundo respeito pela autoridade, nas auto-estradas por exemplo... Podemos ser os reis do asfalto…sim senhor… mas sempre que avistámos a polícia fazemos fila indiana, abrandamos para os cumprimentar e seguimos viagem.

Na cidade somos dos poucos que conseguimos insultar meio mundo e, se for preciso, fazer uma curva apertada à esquerda com o travão de mão, seguido de uma inversão à retaguarda arriscada e ainda ultrapassar alguém… mas atenção!!! Sempre que nos deparamos com a autoridade temos a consideração de não o fazer à sua frente…e isto é respeito.

Há uma união, quase irmandade, entre os automobilistas...ao volante sentimos poder, somos senhores do nosso destino, transcendemo-nos. É pacífico considerar que somos um autêntico perigo na estrada mas representa uma escolha muito nossa, tirem-nos tudo mas não interfiram na nossa maneira de conduzir.

Podem criticar, são livres de o fazer mas a verdade é que demora anos a adquirir aquela habilidade e nessa escola somos professores. Condutores loucos mas felizes e doutorados…

Nota: Os episódios recorrentes de condutores em contra-mão não são mais que tentativas audaciosas de ir mais além, de atingir a grandeza. Um conselho: nas passadeiras deviam andar mais depressa porque normalmente estamos com pressa.

Brincadeirinha, né??


Há uns dias enquanto andava a navegar pela internet deparei-me com uma reportagem num jornal sobre os piores equipamentos da história do futebol... Realmente já houve equipamentos de bradar aos céus, dizer que são feios é pouco... mas eis que o Benfica, como clube competitivo que é, resolveu entrar neste campeonato do ridículo. Visto que os equipamentos desta época até são bonitos, o Benfica já tratou de arranjar uns bem feios para a temporada 2010/2011. E pior que isso, pediu ao sócios para escolherem entre três hipóteses, todas elas de fugir.


Por momentos fiquei a pensar que seria a brincar, mas depois olhei para o calendário e percebi que o 1 de Abril já passou há uns meses. E também percebi que a votação que está a decorrer no site do Benfica é mesmo verdade.


Visto que a coisa é mesmo séria, eu também faço uma pergunta muito a sério aos senhores da Adidas: Não havia lá equipamentos para homens? Deixem lá as cores da moda e deixem os rapazes jogar à bola que é para isso que o pessoal paga bilhete...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sem palavras

Butterfly Messiah from Murat Pak on Vimeo.

Nobel da Paz? Não obrigado...

O mundo tem destas coisas, outrora insignificante quando comparada com a influência de outras redes sociais, agora no topo do mundo. Falamos claro do Twitter que tem dilacerado a concorrência e a cada dia que passa vai acumulando protagonismo e seguidores.

Ao que parece o ex-consultor de Bush, Mark Pfeifle, elogiou o papel da rede social do momento na divulgação de protestos contra os resultados das eleições presidenciais no Irão. “Quando os jornalistas foram forçados a sair do país, o Twitter tornou-se numa janela para o mundo ver a esperança, o heroísmo e o horror. Tornou-se no repórter e no produtor. E por isso, o Twitter e os seus criadores são dignos de serem considerados para o prémio Nobel da Paz”, afirmou.

“A utilidade desta rede social única e livre documentou e personalizou a história de esperança, heroísmo e horror no Irão”… Bravo!! Quase poesia, que lindo…
O horror, a tragédia… Pfff!! Parece o Artur Albarran a relatar. Ninguém retira valor ao Twitter (rede social da qual sou membro) nem a sua relevância no conflito do Irão, sabemos que foi fulcral…mas dar crédito ou demasiada importância aquilo que um ex-consultor de Bush é ser pouco inteligente.

Nunca ouvi falar do senhor mas duvido das suas intenções. Desconfio de uma autopromoção ou de uma manobra de publicidade de um indivíduo que muito provavelmente caiu no esquecimento (ou no desemprego). Chama-se andar a reboque… E ser ex-consultor de Bush não é certamente um bom cartão de visita. Há que desconfiar...

Quanto à possibilidade do Twitter poder vir ser candidato a Nobel da Paz, penso que não precisa disso…não vem mal ao mundo mas eu penso que o Twitter acima de tudo é democrático, o Nobel da Paz nem por isso…

Menos é mais, aliás foi essa a fórmula do seu sucesso.

Um prémio de arrepiaaarrrr…

Eu não sou pessoa de participar em concursos, penso sempre que não vale a pena porque nunca tenho sorte ao jogo… Mas é só mesmo pela baixa auto-estima que não participo, porque todos os prémios até ficavam bonitinhos lá em casa.


Todos menos o da Rádio Santiago, em Guimarães. Este senhores já devem estar fartos daqueles concursos que oferecem viagens ou electrodomésticos ou até cabazes com coisinhas boas para comer… então decidiram criar um concurso onde o prémio é nada mais, nada menos do que um funeral. Sim, leste bem… um funeral.


É certo que os funerais são caros, toda a gente vai precisar de um… mas que é um prémio macabro e que ninguém, eu falo por mim, quer!! Mas a ideia está certa, sim senhor… Há que pensar no futuro…



"Ganhe um funeral com a Rádio Santiago


O concurso «GANHE UM FUNERAL COM A RÁDIO SANTIAGO» vai premiar os ouvintes com a prestação de serviços habitualmente contratados às agências especializadas.


REGULAMENTO:



1º - O presente concurso destina-se aos ouvintes da RÁDIO SANTIAGO nele podendo participar todos quantos depositem o cupão devida e completamente preenchido na tômbola instalada nas instalações do Grupo Santiago, no período de 10 de Julho de 2009 a 18 de Dezembro de 2009.



2º - Os cupões somente podem ser obtidos recortados dos jornais O COMÉRCIO DE GUIMARÃES e DESPORTIVO DE GUIMARÃES, bem como da revista BIGGERmagazine.



3º - O prémio para o vencedor do concurso é UM FUNERAL (urna, acessórios e a assistência habitualmente contratada às agências da especialidade).



4º - O vencedor será apurado com a extracção à sorte de um cupão da tômbola, na presença do representante designado pelo Governo Civil, pelas 21h30 do dia 18 de Dezembro de 2009, nas instalações do Grupo Santiago, sito na Rua Dr. José Sampaio 264, da cidade de Guimarães.



5º - Se o cupão não contiver, bem legível, o nome, morada, data de nascimento e número de telefone, proceder-se-á a nova extracção e outras quantas necessárias até que surja um cupão devidamente preenchido com os requisitos atrás referidos.



6º - O prémio será atribuído imediatamente e entregue ao vencedor, no formato de uma certidão, logo que este o reclame junto da Guimapress, S.A., entidade promotora, a qual divulgará o nome do vencedor em todos os seus meios de comunicação social, designadamente, Rádio Santiago, O Comércio de Guimarães, Desportivo de Guimarães, Guimarães Digital e BIGGERmagazine. O funeral a ofertar não será necessariamente da pessoa vencedora do concurso, mas de qualquer outro familiar ou amigo a designar por aquele.



7º - Este concurso tem desde já um patrocinador, a Agência Funerária S. Jorge, sendo junto desta que o vencedor reclamará o funeral, bastando para tal a apresentação da certidão emitida pela Guimapress, S. A. / Rádio Santiago.



8º - O prémio referido no artigo 3º deve ser reclamado até ao 90º dia após a extracção do cupão vencedor. Caso não seja reclamado, reverterá a favor de uma instituição social a designar pela Guimapress, S.A./Rádio Santiago e Governo Civil de Braga, para que esta possa utilizar em benefício de um cidadão falecido cujos os familiares não disponham de recursos para o efeito."