Todos sabemos daquilo que estou a falar. Vamos a qualquer lado, chamamos o elevador, normalmente demora uns segundos, a porta abre-se e entras.
Oh não…o elevador vem com gente, vou ser “obrigado” a fazer conversa de circunstância. Instala-se quase de imediato um momento de desconforto (ou pânico). Dizes bom dia ou boa tarde (consoante a hora do dia) e acabam-se os trunfos. Segue-se normalmente um período de breve silêncio em que pensas o que irás dizer a seguir. E aqui começa o desafio…
O constrangimento começa a apertar, transpiras, há muito tempo que estás calado e tens de dizer algo, sais-te com esta: Está bom o tempo, tem estado fresquinho…Ao que te respondem quase em uníssono: pois tem. Durante uns segundos sentes-te feliz porque conseguiste interagir com aquelas pessoas que mal conheces.
Mas atenção! Se por acaso essas pessoas forem tuas vizinhas não podes ficar só por ai, tens de ser mais arrojado e querer ir mais além. Se não falas és antipático, se falas demais és desbocado, por isso age com cautela e não abras demasiado o jogo. Eles querem saber algo da tua vida que muito provavelmente pode vir a ser usado contra ti…ou não…
Pensas em parar o tempo e voltar atrás, retornar àquele momento em que decidiste entrar no elevador e…não entrar…
Estás quase a chegar ao teu destino, parece que estás naquele cubículo há uma eternidade. A porta do elevador abre-se e sais apressado. Despedes-te das pessoas. Estás aliviado.
No final vais ver e foram os 20 segundos mais enfadonhos da tua vida.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
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