
Este post já vem com uns dias de atraso mas impunha-se visto que me dá um certo gozo pessoal a notícia que saiu em vários meios de comunicação social que informava que a acção levada a cabo pela ASAE é afinal inconstitucional.
É giro…Para além de ser justo, é hilariante e deve ter feito sorrir muita gente que se tem sentido perseguida pela ASAE. A verdade é que muitas vezes a organização comportou-se como um autêntico bastião da lei, como um defensor intransigente do consumidor mas sem o olhar, sem o escutar…E isso é feio. Para atitudes de arrogância, sobranceria e falta de respeito já nos bastam a de outros actores da nossa realidade social.
Por outro lado, é-me pacífico aceitar que enquanto cliente de restauração sinto que a apertada fiscalização e o crescente respeito pelas condições de higiene me deixa mais tranquilo. Contudo, penso que o excesso de zelo acaba por desvirtuar uma relação que na minha opinião deveria ser mais natural.
A ASAE chega mesmo a “roçar” a violência com pessoas que apenas tentam ganhar a vida, e apresenta-se normalmente de rosto coberto, uma atitude que em nada dignifica a entidade e que podemos mesmo caracterizar de medrosa.
As boas novas…este ano vai haver bolas de Berlim e outros petiscos que tanto gostamos e que tinham desaparecido de circulação com as regras e multas impostas pela ASAE. Poderemos assistir ao ressurgimento do comércio tradicional que antes era valorizado e actualmente é ostracizado.
Por isso, sinto-me contente com a notícia.
Nota: Li que o chefe máximo da ASAE fez há pouco tempo a defesa da sua tese de doutoramento sobre terrorismo alimentar segundo a qual (não me recordo bem)sei que teve boa nota, ou como se costuma dizer, uma nota exemplar. Sei também que demorou apenas dez minutos a defender a dita cuja e foi aplaudida de pé. E agora? E o “real” chumbo? Quem aplaude?
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