
Não há dúvidas que o dinheiro faz mexer o mundo, mas há limites para tudo... e ganhar dinheiro à custa da morte de uma pessoa é um dos limites. O que me faz falar nisto é o facto da AEG Live vender bilhetes para o velório de Michael Jackson. Ao que parece, quem quiser prestar uma última homenagem ao Rei da Pop terá de desembolsar 25 dólares (cerca de 18 euros).
Tudo isto me parece macabro demais… tanto da parte da promotora como dos fãs que gastarão o seu dinheiro para assistir uma cerimónia fúnebre. Mas o que me escandaliza é o facto da AEG Live se aproveitar de um momento triste que é a morte de uma pessoa para fazer rios de dinheiro. Antes de ser o Michael Jackson, o homem que morreu na passada quinta-feira é um simples ser humano como todos nós. Onde estão os limites do bom senso e da razoabilidade? É lamentável dizer isto, mas é a verdade: quando há dinheiro envolvido, este fala sempre mais alto! A única coisa em que os senhores da AEG Live pensaram foi tentar ganhar dinheiro para compensar o prejuízo dos 50 espectáculos cancelados.
A família Jackson também não fica nada bem na fotografia. É verdade que o cantor tem milhares de fãs, é normal que a família queira que o seu ente querido seja recordado para sempre… mas é lamentável que concordem em vender a imagem de Michael Jackson desta maneira e que em nada a dignifica.
E os fãs que comprarem os ditos bilhetes também devem ter muito dinheiro para gastar. Num momento em que a crise financeira mundial está a deixar meio mundo de corda na garganta, ainda há pessoas que têm dinheiro para gastar no velório de uma pessoa com quem não têm qualquer relação. E não me falem em relações estrela-fã, que por mais que se goste de uma pessoa há um limite para a idolatrar. Será que não podiam gastar dinheiro em coisas mais úteis? O dinheiro não lhes fará falta?
Enfim, é que só falta cremarem o homem e vender as cinzas em pacotinhos a 100 euros cada! E vai daí e já pensaram nisso também…
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