quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Há greves e há outro tipo de greves

Ouvi dizer que os pilotos da TAP estão em greve, disseram-me que andam a passar fome e que lhes falta dinheiro para pagar contas. Nada tenho contra greves, tenho é algo contra greves que me parecem ridículas ou carecidas de bom senso. Aborrece-me estas situações, estes fait-divers que não nos dignificam em nada.

Recordemos. A TAP esteve quase na falência, em risco de deixar de existir mas sobreviveu. Como? Através de donativos de milhões de portugueses (ou impostos, se preferirem). Não somos consultados para nada mas na altura de pagar já somos importantes, já somos considerados a base da democracia. Hum…

A verdade é que, nesta altura, aqueles que se manifestam e reivindicam melhores condições estiveram quase certos na fila do centro de emprego. Não foram porque a empresa não faliu, não foram porque nós não deixámos, nós pagámos. Tenham algum respeito por quem realmente passa sérias dificuldades, mais televisor menos televisor para os pilotos não faz falta nenhuma…

“É importante ter uma companhia aérea de bandeira nacional”, sem dúvida. Os impostos continuam a aguentar a empresa, que ano após ano continua a dar prejuízo. Este facto nunca pode ser arma de arremesso para reivindicar certos privilégios supérfluos, regalias não…

Todos sabemos os vencimentos, em média, que têm os pilotos. Não vou cometer a indelicadeza de o referir, quero apenas salientar um facto: Quantos portugueses têm esse privilégio?

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