quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Uma questão de democracia

O conceito “democracia” actualmente encontra-se desvirtuado. Confunde-se democracia com liberdade e de certa maneira a confusão tem razão de ser, mas há que haver regras senão surge a anarquia. Podemos dizer que actualmente vislumbramos uma certa anarquia na esfera política e que vivemos uma crise económica anárquica. E que somos um pouco anarquistas.

Acontece que a anarquia não resulta logo estamos tramados se enveredamos por esse caminho. Queremos que a democracia funcione? Voltemos às origens. O debate público pode ser agressivo, metafórico e até hiperbólico ou mesmo irritante, pode ser todas estas coisas mas nunca pode perder o fulcral, a génese, o elemento que equilibra tudo o resto: não pode deixar de ter conteúdo.

A espiral regressiva a que temos assistido só nos envergonha a todos. Insultos, berros, até agressões…pressão das audiências, dos lucros e das vendas, do mínimo denominador comum, da pura preguiça, do hábito, da descrença. Balelas… As pessoas anseiam por conhecimento, esclarecimentos e deveriam ser os políticos uma das classes a dar o exemplo, tal não acontece.
Estamos perante o total descrédito dos políticos e governantes que representam os portugueses. E isto é perigoso! Qualquer dia voltamos para estados de excepção onde a política não importa…e ai será pior.

Voltem a defender as pessoas e deixem-se de disparates…È que isto de dizerem só disparates e fazerem o que querem (anarquia) pode fazer com que também nos tornemos anarquistas. Nessa altura as coisas só se resolverão à chapada, é isso que querem?

Voltem ao conteúdo, amigos políticos, sejam democratas…

1 comentário:

  1. Por mim, resolvia-se tudo à chapada e só ficavam os mais fortes e depois estabelecia-se novamente a democracia. Um pouco à imagem de Manuela Ferreira Leite(6 meses sem democracia, metia-se td na ordem e dps novamente democracia).

    Uma questão a rever

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