quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O futuro mora nas tuas decisões

O futuro não é incerto. Dizemos isso porque efectivamente não o conhecemos, mas é mais profundo que isso…Dizemo-lo porque é fácil, afirmamo-lo para convencermo-nos a nós próprios na eventualidade de algo correr mal e podermos dizer que não tivemos responsabilidades, a culpa foi o acaso… Uma atitude de auto-engano que pode ou não ser consciente.

O que nos foge ao controlo é complicado, é difícil de moldar à nossa maneira, não sabemos que passo dar em seguida e refugiamo-nos na incerteza de um futuro pouco radioso. Dizemos que estamos nas mãos do destino. Eu não penso assim porque julgo ser uma perda de tempo. Com tantas coisas para pensar e fazer, não tenho assim tão grande disponibilidade ou tempo para me pôr a tentar adivinhar o que vai acontecer para a semana, para o mês ou para o ano. Só se tivesse a certeza que o destino tinha vontade própria e me levasse para um lugar bacano. Como não tenho certezas, resta-me trabalhar para construir algo positivo porque o futuro não é mais que o resultado das nossas acções. As de ontem, as de hoje e as de amanhã. Ontem fiz o meu futuro, hoje confirmo-o.

É essa a minha lógica. Eu sei que é simples mas a mim o complicado não me interessa.
Certezas?! Não as há mas pode vir a haver…Neste momento sinto que flutuo num mar de diferenças, semelhanças, contradições, optimismos, desafios, trivialidades, banalidades, amizades, exigências, moralidades…muita coisa para absorver e resolver com o brilhantismo que se impõe. Uma tarefa fácil, portanto.

Não me assusto com muita coisa porque há muita que não compreendo. Para mim são desprovidas de sentido, logo o que não entendemos não nos assusta. Que rumo é que a minha vida vai tomar? Será que vou ter sucesso? Vou ser feliz? Vou ser um velho barrigudo? Vou viver para o estrangeiro? Será que casarei com uma brasileira? Terei filhos? Todas estas questões trazem problemas, não soluções…Logo há que promover uma certa sustentabilidade, basear a minha vida em suposições é que não me parece.

Opções…Há que tomá-las. Cada um faz o seu futuro, traça os seus planos sejam grandes ou pequenos. Idealmente tomaríamos sempre as opções correctas mas a realidade não é linear, nem sempre respeita a nossa vontade. Oferecem-nos dois ou mais caminhos mas nem sempre escolhemos o melhor. O melhor nunca é o mais fácil ou curto mas sim aquele que nos permite dar valor ao objectivo alcançado, ou seja, as dificuldades ou uma boa dose de sofrimento faz quase sempre parte do trajecto.

Eu vivo pensando e assim consigo-me defender ou prever certas situações. Mas não consigo adivinhar as coisas. Se conseguisse projectar os meus pensamentos alguns dias mais à frente teria evitado aquela asneira, mas a verdade é que faz parte…

O futuro tem uma boa dose de incerteza mas está longe de ser imprevisível. Temos a liberdade para tomar decisões, para ponderar e tomá-las em consciência, continuamos no leme do barco e não à deriva ao sabor da corrente. Tenho a plena convicção de que não devemos brincar com o futuro (que na realidade é o nosso presente), ele encarrega-se sempre de nos mostrar e amplificar a dimensão das nossas más decisões. Acho justo.

Fruto de uma incerteza? Tábua rasa? O futuro será sempre consequência das nossas acções e experiências, algo que nos trás responsabilidade. A algumas pessoas custa aceitar este facto, o futuro não tem nada de místico mas vive assim apenas de probabilidades, de causas e efeitos.

Eu escolho construir o meu futuro, se quiserem fiquem vocês à espera dele…

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