A crise está aí e parece que está para ficar apesar do que algumas vozes demasiado optimistas afirmam. Há que falar claro, com o endividamento público a crescer, os impostos altos e o poder de compra a descer, a margem de manobra começa a desaparecer.
Os investimentos públicos do passado (construção de estádios para o Euro 2004 e a Expo 98 para citar alguns) foram sem dúvida importantes mas a que preço?
Muitas vezes o Governo parece que dá a ideia de se refugiar na importância das obras públicas e no velho discurso de que está na altura de apertar o cinto.
O apelo constante ao espírito de desenrascanço dos portugueses é uma tentativa de minimizar o endividamento mas o povo anda descontente… quando nos vão aos bolsos ficamos revoltados. Nós com dificuldades em manter um nível de vida condigno e o Governo fala em aeroportos, em TGV, até numa terceira travessia sobre o Tejo se pensou…
A verdade é que muitas vezes temos o complexo de sermos pequenos e por isso jogamo-nos a todas. Investimento com retorno dizem eles, revitalização da economia com sustentabilidade através de mais investimento…pois, claro que sim.
Estou farto das metáforas “ Temos que começar do zero”, “O país está de tanga”, “Apelo ao espírito de sacrifício dos portugueses”…
Eu ainda acredito que há vida para além do défice, e tu?
sexta-feira, 3 de julho de 2009
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Considero o conjunto de investimentos apresentados (aeroporto e TGV prinicipalmente) essenciais para o desenvolvimento do país.
ResponderEliminarPoderão ser grandes obras e grnades investimentos para o momento, no entanto, a na concretização dos mesmos num momento como o de agora, poderá comprometer o futuro do nosso país, numa área tão fundamental como é e será, cada vez mais, o turismo, único produto no qual Portugal poderá se distanciar dos restantes países da Europa.