Continuo com a minha opinião. Frases como “Perguntar não ofende”, estão desactualizadas e são totalmente idiotas.
A expressão é gira, soa bem, transmite força mas é vazia de conteúdo. Virou moda… é daquelas coisas inexplicáveis que aceitamos como sendo verdades incontestadas mas que na realidade nem sequer pensámos nelas.
Essa capacidade inata que o povo português tem em aceitar certas noções frásicas com a maior simplicidade não existe em mais lado nenhum do mundo, isso é certo…
Vivemos numa espécie de montanha russa, num limbo estranho onde a fronteira entre a ofensa e a agressão é cada vez mais ténue. Perguntar não ofende? Eu diria que depois do insulto e da piada porca (vulgar bitaite) não há nada mais ofensivo que a pergunta. Só a agressão ganha aos pontos à pergunta…
A pergunta pressupõe sempre uma resposta que muitas vezes é igualmente ofensiva, é um ciclo interminável…Por isso quando me dizem que “perguntar não ofende” eu respondo: Olhe que não…
PS: Expressões igualmente giras como “Morrer na praia”, “Quanto mais me bates mais gosto de ti”, “Vacas sagradas”, “Continuo a amar-te, aquilo foi só sexo” inserem-se neste domínio e deveriam ser revistas, a bem da língua portuguesa.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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